sexta-feira, 7 de outubro de 2011

O "especialista"

A Fundação Francisco Manuel dos Santos tem em curso um projecto de publicação de livros temáticos a baixo preço. António Barreto encarregou-se, oportunamente, de expor o manifesto de intenções: pluralidade de temas, de autores e de abordagens, ensaios curtos e apelativos e preços baixos para alargar a base de potenciais leitores. 

Depois de sermos ofertados com uma pluralidade de autores e abordagens que, por exemplo, na economia vai desde Luciano Amaral a Vítor Bento, somos agora surpreendidos com um ensaio da autoria de José Manuel Fernandes sobre (pausa para respirar fundo) Liberdade e Informação. O percurso profissional de JMF fala por si. Enquanto foi director do Público, o jornal perdeu leitores, perdeu qualidade e perdeu carácter. JMF foi responsável por uma tentativa de assassinato lento do melhor jornal português no final da década de 90, em nome de um projecto ideológico de combate político e doutrinação social. O ponto alto da carreira é a Inventona de Belém, um conjunto sórdido de primeiras páginas repletas de mentiras, calúnias e dissimulação para deliberadamente prejudicar um partido político em vésperas de eleições. 

Foi este extremista político, invertebrado moral e incompetente profissional que a FFMS chamou para partilhar as suas reflexões sobre Liberdade e Informação. Só não dá para rir porque os indivíduos que conspiram activamente contra as instituições democráticas são demasiado perigosos para que nos possamos dar a esse luxo. É uma escolha que diz muito sobre as intenções e a seriedade do projecto da FFMS.

Sem comentários: