quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Gravíssimo

Sentir-me-ia muito mais solidário com a "gravíssima crise económica e financeira" que atravessam as farmácias portuguesas se o agora demissionário presidente da ANF divulgasse o número de estabelecimentos encerrados e o número de postos de trabalho destruídos nos últimos 12 meses. De outra forma, o cidadão comum, que ainda está convencido que as farmácias são dos negócios mais protegidos da economia nacional, pode pensar que declarações deste calibre não passam de areia para os olhos.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

"We don't really care"



Via Léxico Familiar.

Momentos altos:

"If I see an oppontunity to make money I go with that."


"For most traders - we don't really care about how they're gonna fix the economy, how they're gonna fix the whole situation. Our job is to make money from it."


"Governments don't rule the world. Goldman Sachs rules the world."

Jornalismo - modo de não fazer

No Sound + Vision, João Lopes já escreveu diversas vezes sobre a relação simplista que a comunicação social mantém com o cinema. Num post intitulado Filmes & bilheteiras, surge a seguinte pergunta: "porque é que há toda uma lógica jornalística que só dá atenção aos títulos cuja produção envolveu algumas centenas de milhões?"

Parte da resposta é referida no próprio post e prende-se com os montantes astronómicos investidos na promoção das grandes produções. A outra face da moeda é a cada vez maior dependência da comunicação social das informações fornecidas por agências e profissionais de comunicação e a reciclagem acrítica de estatísiticas e sound bites. Um sinal claro da incapacidade e da demissão do trabalho jornalístico sério, que interrogue, investigue, contextualize e esclareça.

O Facebook e a violação da privacidade (passe a redundância)

Facebook Is Tracking Your Every Move on the Web; Here’s How to Stop It


Uma leitura essencial para quem não acha muita piada à ideia de ter uma empresa a recolher, sem consentimento expresso, o seu histórico de navegação na internet.

domingo, 25 de setembro de 2011

As consequências da austeridade

Ainda da notícia do The Guardian, um parágrafo que ilustra bastante bem o erro de raciocínio que preside às medidas de austeridade:


Já não é só que a longo prazo, como dizia Keynes, estaremos todos mortos; é que os mais frágeis que ainda cá  andarem estarão em piores condições para superar as dificuldades.

Impactos irreversíveis

A UNICEF publicou um relatório sobre as consequências das medidas de austeridade para as crianças. Segundo o The Guardian, "A study by the UN children's fund, Unicef, said there would be 'irreversible impacts' of wage cuts, tax increases, benefit reductions and reductions in subsidies that bore most heavily on the most vulnerable in low-income nations." O pdf do relatório está disponível aqui.

sábado, 24 de setembro de 2011

O futuro da internet

A Federal Communications Commission (FCC) aprovou, no final do ano passado, um novo regulamento sobre a neutralidade na prestação de serviços de internet, com produção de efeitos a partir do final de Novembro. O pdf está disponível aqui.

Forever young


Doodle interactivo celebrando o 75º aniversário de Jim Henson.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

O fim da privacidade?

Para quem é utilizador do Facebook, ou se interessa pelo tema, vale a pena ler o artigo de Ben Parr sobre as implicações das novas funcionalidades da rede social de Mark Zuckerberg para a privacidade dos seus utilizadores.

Esta austeridade, para quê?

Não faltam políticos, comentadores e empresários a defender a redução de salários para aumentar a competitividade das empresas e da economia nacional. Deduzo que seja consensual que, com menos poder de compra, piora o nível de vida das pessoas. Se aceitarmos este raciocínio, que parece ser, como diziam os outros, uma verdade auto-evidente, impõe-se a pergunta a que nenhum dos iluminados políticos, comentadores e empresários ousa responder: para que queremos nós uma economia competitiva que não traz qualidade de vida às pessoas?

Dicionário de política do século XXI

Austeridade: medidas de política económica que implicam o sacrifício das gerações actuais para assegurar a penúria das gerações seguintes.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Borrasca na RTVE

Há borrasca da grande na RTVE depois de elementos do Conselho de Administração terem aprovado uma medida que lhes permitiria ter acesso ao sistema informático de edição de conteúdos. Os conselheiros voltaram atrás com a decisão, mas as repercussões do caso parecem longe do fim. O blogue 233grados tem acompanhado a evolução do caso com vários textos a merecer atenção.

Transparência, diziam eles

Várias leituras para uma notícia, no mínimo, estranha.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

terça-feira, 20 de setembro de 2011

PluralMag

Um projecto muito interessante, com a assinatura do Paulo Querido.

Dúvidas existenciais

Quando Passos Coelho decidiu, como "medida de prevenção", espoliar metade do subsídio de Natal dos portugueses, fê-lo porque já sabia do desvario das contas da Região Autónoma da Madeira?

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Os pobres que paguem a crise

Alguém explique ao Bastonário da Ordem dos Médicos quem são os estratos sócio-económicos que consomem fast-food. É que a ideia que o senhor propõe vai acabar a penalizar os do costume.

domingo, 4 de setembro de 2011

Esperança

Alemanha: CDU derrotada em eleições no círculo de Merkel

Happy Birthday Mr. Google

O cerco


Ainda mal passaram dois meses de governação e Passos Coelho já meteu na fogueira o seu ministro das Finanças. Depois de repetidamente o termos visto dar a cara sozinho pelo aumento de impostos, hoje tivemos o frete do DN a meter nos ombros de Vítor Gaspar aquilo que é uma responsabilidade colectiva do governo, e do seu primeiro-ministro acima de todos. Com uma capa destas, o ministro das Finanças já sabe o que o espera. O cerco começa em S. Bento. Quando chegar o momento, será o bode expiatório perfeito.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Falhanço

Paul Krugman interroga-se como é que economistas reputados como ele próprio e Joseph Stiglitz foram olimpicamente ignorados ao defenderem que o principal problema era de crescimento e emprego e não de dívida pública. Há um trabalho interessantíssimo a realizar para compreender como é que, após a queda da AIG e do Lehman Brothers, as agendas políticas e mediáticas divergiram da crise económica para se concentrarem obstinadamente numa crise de dívida soberana. Uma coisa é certa, a comunicação social falhou miseravelmente a promoção do pluralismo e do debate informado.

O caminho alternativo

Do amor


Via French Kissin'