quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Jornalismo: modo de não fazer

A americana Amanda Knox, acusada e condenada por assassinato em Itália, ouviu há dois dias a sentença do recurso que interpôs e que a declarou inocente. Vários meios de comunicação confundiram o veredicto e avançaram nas suas edições online o resultado contrário. Mas apenas o Daily Mail conseguiu o prodígio de fantasiar toda uma historieta em torno dos acontecimentos, com detalhes sumarentos que, infelizmente para o jornal britânico, apenas aconteceram na cabeça do jornalista que os escreveu. O Daily Mail corrigiu rapidamente o tiro, mas o blogue 233Grados tem um resumo do que apareceu escrito

Este é apenas mais um exemplo de tudo o que está mal no jornalismo actual. Privilegiam-se a rapidez sobre a exactidão (provavelmente, neste caso, com textos já preparados antes do veredicto) e os detalhes anedóticos sobre a explicação dos acontecimentos. Um serviço de informação elaborado nestes termos não possui qualquer valor para os leitores e, em rigor, nem sequer pode ser chamado jornalismo.

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