segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Os mesmos

O desemprego atingiu um nível alarmante. Nada que não se previsse já, pese embora o optimismo do governo, quando ainda antes do Verão tudo levava a crer que assim seria. A taxa de desemprego, pelo menos de há uma década para cá, tem um comportamento homólogo de subidas e descidas muito uniforme.
Sabendo-se, para mais, que perder o emprego é uma das principais portas para a exclusão económica e social, uma taxa de 8,5% de desempregados anuncia uma calamidade que muito dificilmente se pode ignorar. Sem dúvida, o governo merece que se lhe aponte o dedo e que se lhe exijam soluções. Mas convém prestar atenção para ver se os que o fazem não são os mesmos que afirmaram, quando Sócrates prometeu 150.000 postos de trabalho, que não é o governo, e sim as empresas, o responsável pela criação de emprego.

Adenda: Afinal, parece que, sendo mau, não é assim tão mau. O propósito do post, não obstante, mantém-se.

2 comentários:

João Pinto e Castro disse...

O objectivo era de 150 mil novos postos de trabalho, não 15 mil. As estatísticas mostram que está a caminho de ser cumprido.

Miguel Silva disse...

Lapso de digitação. Grato pelo reparo.