Perante as câmaras da RTP, Manuela Ferreira Leite deixou, ontem, mais uma pérola sobre o que não é fazer política. A líder do PSD não quer saber da veracidade das suspeitas lançadas pela Casa Civil da PR, basta-lhe o sentimento de desconfiança, neste caso alimentado artificialmente e à força pela comunicação social, que possa existir na sociedade. Para quem reclama por uma política de verdade, não está mau.
O aforismo "em política o que parece é", obviamente, não é política. É propaganda. Mas ainda que fosse aceitável, neste caso, o que parece é que a PR tem umas contas a ajustar com o governo, faltando-lhe o engenho e a subtileza para arquitectar uma história decente. Valha-lhes a boa vontade de José Manuel Fernandes, capaz de transformar um boato indigno d'O Crime em manchete do Público.
Não se acusa sem provas nem se faz pender sobre o acusado o ónus da prova. Deve repetir-se isto à exaustão, independentemente de simpatias políticas. Por honestidade, por decência e por utilitarismo. Um dia, pode ser connosco.
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