Encontra-se no Dois Dedos de Conversa um artigo de Bernd Ulrich, traduzido pela Helena Araújo, que se revela imperdível (quem domine o Alemão encontra também ligação disponível para o original). O posicionamento dos extremismos políticos é cada vez mais notório e relaciona-se de perto com o ambiente de incerteza e de clivagem social que se vive um pouco por toda a Europa.
A democracia pode sobreviver a muitas crises, mas dificilmente ao facto de ser tida como um dado adquirido, não precisando de ser permanentemente defendida e aprofundada. A forma como tratamos os mais desprotegidos revela muito do que somos e, neste momento, não revela uma grande preocupação com as suas condições. O tratamento reservado aos imigrantes – legais e, sobretudo, ilegais – ou a incapacidade de encarar o sofrimento humano vivido pelos apátridas e pelos refugiados denotam bem o lugar que o Ocidente lhes reserva na sua lista de prioridades.
Se a isto somarmos o eterno conflito israelo-palestiniano, o separatismo Kosovar e o recrudescimento dos nacionalismos, na Europa como no Mundo, temos rastilho e pólvora suficiente para nos arrependermos amargamente de não ter dado a devida atenção aos sinais à nossa volta.
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