A extrema-direita finlandesa acaba de tornar-se o terceiro partido mais votado nas eleições legislativas realizadas este domingo. Os resultados apurados até ao momento colocam os extremistas a pouco mais de 1% do partido mais votado e com apenas menos 5 deputados num total de 200.
A Finlândia está longe de ser um caso isolado. Em Itália, as coligações de Berlusconi há muito que acolhem a extrema-direita. Na Áustria, o partido de Jörg Haider também já integrou um executivo. Em França, as intenções de voto atribuídas pelas sondagens a Marie Le Pen são assustadoras e em Inglaterra, nas últimas eleições, os nacionalistas cativaram atenção mediática como nunca antes tinha sido visto. A UE, incapaz de reagir convenientemente à crise económica e financeira, tem um monstro a crescer no seu seio.
É muito difícil acreditar que serão políticos como Barroso, Merkel e Sarkozy que conseguirão contornar esta ameaça. Nenhum tem a visão, a coragem e o carisma para rechaçar os fantasmas que se erguem. E, contudo, qualquer um deles mantém-se firme na rota para o abismo. A Europa atravessa tempos agitados e perigosos e o seu maior problema não é não ter quem a lidere, mas ter quem ache que a sabe liderar.
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