terça-feira, 2 de setembro de 2008

É bom que se distinga

Depois de Paulo Pedroso ter ganho o seu processo contra o Estado Português, um dos advogados das vítimas, Miguel Matias, vem lembrar que “É bom que se distinga que este processo contra o Estado ganho agora não tem rigorosamente nada a ver sobre a apreciação de culpa ou inocência de Paulo Pedroso relativamente aos factos que os meus clientes lhe imputam». Efectivamente, é bom que se distinga isso. No que diz, de forma directa, respeito à culpa ou inocência do ex-ministro e deputado, decidiu a juíza Ana Teixeira Pinto não haver motivo para o levar a julgamento. A menos que Miguel Matias reivindique uma inversão do ónus da prova e da presunção de inocência, é bom que se distinga que esse caso ficou arrumado nesse momento. A justiça, tal como é pensada por alguns dos seus agentes, pode ser uma coisa assustadora.

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