sexta-feira, 30 de novembro de 2007

O Estado da arte

O Estado acaba de adquirir em leilão a Deposição de Cristo no Túmulo, de Giambattista Tiepolo. Embora houvesse, qualquer que fosse o comprador, a obrigação de manter a pintura do século XVIII em território nacional, é um sinal interessante e positivo o que o Estado acaba de dar. Talvez tenha sido uma decisão muito condicionada pelo mediatismo que envolve a obra. Na prática, garante-se que esta não será mais uma obra importante da pintura europeia destinada a eclipsar-se definitivamente numa colecção particular. Por vezes, mesmo razões menos nobres podem conduzir a bons resultados.
Nada contra o coleccionismo privado. De resto, faz parte da história da arte moderna desde os primeiros dias. Mas, num país em que não abundam espaços culturais de renome, uma oportunidade destas não se pode enjeitar de ânimo leve. Os bons museus precisam de boas obras. E as boas obras custam bom dinheiro.

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