segunda-feira, 28 de março de 2011

O tecto

À medida que a data das eleições se for aproximando vai crescer a pressão para o PSD avançar uma estratégia, um plano, uma ideia que seja, para tirar o país da crise. É certo que Cavaco Silva acabou de ganhar as presidenciais com uma campanha que foi sobretudo uma gestão de silêncios. Mas as diferenças são consideráveis. Umas legislativas não se comparam com umas presidenciais e o eleitorado espera que os candidatos à governação do país consigam produzir algo palpável, coerente e compreensível sobre o que se propõem fazer. Para além disto, não se deve menosprezar o facto de Cavaco se ter apresentado como incumbente, enquanto de Passos Coelho, politicamente, a maior parte das pessoas guardar sobretudo a memória de umas golas altas dos tempos da jota social-democrata. Neste contexto, para uma liderança que sempre que é obrigada a juntar duas frases seguidas desce nas intenções de voto, os 40 e tal por cento que as sondagens lhe atribuem são certamente um tecto. Daqui para a frente, pode ser sempre a perder.

1 comentário:

jj.amarante disse...

Então já propôs vender a Caixa Geral de Depósitos, como programa até já talvez seja demais.