segunda-feira, 17 de maio de 2010

Cavadela, minhoca

Chamar discurso às verbalizações de Cavaco é um manifesto exagero. A propósito da promulgação do casamento entre pessoas do mesmo sexo, o actual inquilino de Belém presenteou-nos com mais um hino à ausência de discernimento e de cultura, actividade na qual é prolífico como em nenhuma outra.

2 comentários:

Helena Araújo disse...

Aceitando a contragosto, que outra coisa poderia ter dito?

Teria sido bonito um discurso semelhante ao do Zapatero, em ocasião paralela. Mas não podemos esperar dele aquilo que nunca poderia dar. Pelo menos não vetou, já foi alguma coisa.

Quanto a isso de a França, a Dinamarca, o Reino Unido e a Alemanha não serem retrógrados:
ora bem... eu dos outros não sei, mas a Alemanha tem ainda uma base profundamente conservadora.
Basta dizer que ainda há muito quem pense que a instituição família precisa da mãe em casa. Nem queiras saber o que eu tive de ouvir há 15 anos por trabalhar apesar de ter filhos pequenos e de não precisar do dinheiro do meu salário. E logo dois filhos: reincidente!
Nem queiras saber o que é que a ministra da Família teve de ouvir, no ano passado, quando tentou criar mais creches para permitir às mães continuarem a trabalhar fora de casa.

Nem sei se se pode dizer que isto é ser "retrógrado". É uma outra maneira de conceber a Sociedade.
Mas talvez a sociedade portuguesa não seja tão próxima da alemã como o Cavaco pensa. Talvez a maioria do bom povo português se esteja simplesmente nas tintas para essa questão tão existencial da figura do casamento. Desde que as telenovelas nos começaram a fazer confundir o casamento com o amor, tem sido sempre em plano inclinado ó pra baixo.
;-)

Helena Araújo disse...

Acrescentando duas boas leituras sobre o assunto:

http://derterrorist.blogs.sapo.pt/1197557.html

e

http://uniaodefacto.blogs.sapo.pt/288555.html