quinta-feira, 17 de julho de 2008

Pretérito imperfeito

Ninguém pode dizer que a prestação sofrível de Manuela Ferreira Leite como líder do maior partido da oposição seja uma surpresa. O PSD conseguiu a proeza de minar de tal forma o seu mais recente funcionamento que a escolha óbvia nas últimas eleições internas era um mergulho sem glória no passado. MFL não está ligada a nenhum projecto político de envergadura e galvanizador para o país. Pelo contrário, quase sempre suscitou contestação no desempenho de cargos de relevo e está irremediavelmente ligada à desastrosa experiência do governo de Durão Barroso, a qual abriu as portas do partido e da governação aos piores momentos que, em democracia, se conhecem tanto num como noutra. Dificilmente qualquer estratégia de campanha conseguirá iludir estes factos. A memória dos eleitores pode ser curta, mas não é, certamente, assim tão curta.

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