quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

O falso moralista

Um político a faltar à sua palavra não constitui propriamente uma novidade. Os problemas para Paulo Rangel, de um ponto de vista muito pragmático, não deveriam começar aí. A maior ameaça que Rangel enfrenta não é, então, a de estar disponível para a liderança do PSD, depois de ter "peremptoriamente" colocado de parte essa hipótese, mas a de ter ocupado uma boa parte da sua campanha para as europeias, no Verão do ano passado, a exigir a outros um compromisso que ele próprio quebrou ao fim de pouco mais de seis meses. O eleitorado suporta melhor os mentirosos do que os falsos moralistas e o PSD tem o dever de perceber isto. Se não o fizer antes, os eleitores certamente não terão pruridos em explicar-lho nas urnas.

1 comentário:

io disse...

O PSD está tão à rasca que mesmo que já tenha percebido temo que vá fazer vista grossa.
Esperemos, no entanto, que eu esteja redondamente enganada.
Não estando, que ao eleitorado não lhe dê para esses tais de pruridos.