Dizem que não há alternativa às medidas anunciadas pelo governo para o próximo Orçamento de Estado. É falso.
O governo podia ter optado por uma nova sobretaxa sobre todos os rendimentos, de forma a não ser preciso roubar dois salários aos funcionários públicos.
O governo podia ter optado por introduzir taxas progressivas, não penalizando da mesma forma quem ganha mil euros e quem ganha cinco vezes esse valor.
O governo podia ter optado por taxar os lucros das empresas bastante abaixo do limite de 10 milhões de euros anunciado.
O governo podia ter optado por aplicar a essas empresas uma taxa superior aos 5% anunciados, já que o subsídio de Natal e de férias representam um corte superior a 14% para os funcionários públicos.
O governo podia ter optado por taxar as grandes fortunas e a propriedade não produtiva.
O governo podia ter optado por taxar as segundas residências (e as terceiras e quartas, etc.) em vez de ter reduzido as isenções no IMI e agravado a taxa de forma geral.
O governo podia ter optado por distribuir o peso da consolidação orçamental de forma socialmente justa.
Optou por não o fazer. Mas não digam que não havia alternativas.
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