terça-feira, 4 de novembro de 2008

Enquanto esperamos

Houve uma altura, na campanha presidencial americana, em que, qualquer que fosse o resultado das eleições, ele significaria o adeus ao grupo de ideólogos, conselheiros e assessores que caracterizaram a presidência de George W. Bush. Houve, realmente, uma altura em que McCain ou Obama representavam uma mudança tão significativa que, só por si, já era bem-vinda. Mas depois a campanha de John McCain preferiu a colaboração dos mesmos ideólogos, dos mesmos conselheiros e dos mesmos assessores das campanhas e da presidência Bush. O resultado foi um florescer e agravar de difamações, de insultos e de mentiras como estratégia de campanha. E, claro, a escolha de Sarah Palin para a vice-presidência, um hino à neofilia, à ausência de mérito, ao clientelismo e ao caciquismo. Hoje, uma vitória de McCain já não representa outra coisa que não seja um pouco mais do mesmo. Ou talvez bastante mais do mesmo. A América e o mundo precisam de outra forma de fazer política.

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