segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Silêncios arriscados

A realidade social e política não se compadece com os desejos dos partidos políticos. O compromisso de um líder partidário com um período anunciado de silêncio é, por isso, uma opção demasiado arriscada. Mas, para além deste risco desnecessário, existe ainda o crescendo de expectativas quanto à primeira intervenção que marca o fim do período de retiro. Alimentar uma situação destas só é viável quando se tem a certeza de se poder estar à altura do acontecimento. Fazer melhor do que fez a última direcção do PSD não é uma tarefa árdua. Mas o PSD não pode estar em competição consigo mesmo, sob pena de enquanto assim estiver não estar em condições de competir com o PS. A José Sócrates, não falta nada para manter o predomínio sobre a agenda política do fim do Verão e ajudar a transformar o regresso do PSD num balão cheio de nada.

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